sábado, 18 de agosto de 2012

JESUS É O ÁRBITRO

Antes de sermos salvos pelo Senhor Jesus, vivíamos debaixo da influência do pecado (Romanos 7:15). Por conseguinte, éramos filhos da desobediência (Efésios 2:2-3). Não tínhamos nenhuma restrição para o que praticávamos ou pensávamos. Mas, ao sermos salvos, recebemos a vida de Deus por meio de Cristo Jesus. Essa vida quer nos governar, dirigir e liderar, isto é, quer arbitrar nosso viver.

Uma vez ou outra, porém, nos surpreendemos praticando coisas que são contrárias a essa nova vida. Quando isso acontece, uma sensação de pesar invade nosso ser, logo seguida de argumentações: Que fiz de errado? Tudo parecia tão certo!

Reconheçamos que nossa experiência com o Senhor precisa se desenvolver. Em Colossenses 3:15, Paulo diz: Seja a paz de Cristo o árbitro em vosso coração. O termo grego para a palavra árbitro pode também significar aquele que arbitra, preside ou é entronizado como governante que decide todas as coisas. Dessa forma, em nossa crescente experiência com Cristo, precisamos tomar Sua paz como árbitro no coração, permitindo que Ele seja o juiz que apita o que fazer e o que não fazer.

Esse versículo também consegue evidenciar que Aquele que está em nosso interior se move por meio da paz. Quando não sentimos paz, a melhor alternativa é reconsiderar o que estamos fazendo, buscando luz diante do Senhor e prosseguir por meio desse sentimento. Uma boa ilustração encontra-se em 2 Coríntios 2:12-13 que diz: Quando cheguei a Trôade para pregar o evangelho de Cristo, e uma porta se me abriu no Senhor, não tive, contudo, tranqüilidade no meu espírito, porque não encontrei o meu irmão Tito; por isso, despedindo-me deles, parti para a Macedônia. A falta de tranqüilidade a que Paulo se refere nesse episódio equivale à falta de paz. Por ser governado pelo Espírito, Paulo não levou em consideração o ambiente exterior e cedeu ao apitar de reprovação do Senhor em seu interior.

Sem dúvida Paulo se baseou em sua própria experiência ao recomendar a paz de Cristo como árbitro no coração. Se considerarmos nossa experiência, perceberemos que, como jovens cristãos, há em nós dois ou três partidos. Por esse motivo, precisamos de um árbitro, sempre necessário para resolver discordâncias ou disputas entre partes. Em relação a certa questão, uma das partes em nós pode estar inclinada para um lado, e outra, para o lado oposto. Além disso, uma terceira parte pode ser neutra. Quase sempre temos consciência destes três partidos em nós: um positivo, um negativo e outro neutro.

Como cristãos, somos jovens mais complexos que os incrédulos. Antes de ser salvos, estávamos debaixo do controle do partido satânico. Podíamos nos entregar a divertimentos e entretenimentos mundanos sem nenhum sentimento de desconforto. Contudo, agora que somos salvos, uma parte dentro de nós pode nos encorajar a fazer algo, mas outra pode nos incentivar ao contrário. Há, portanto, necessidade de um árbitro interior para resolver um confronto assim. Precisamos de alguém ou de algo que silencie as várias vozes que gritam em nosso interior e aponte o caminho a seguir. De acordo com Colossenses 3:15, a paz de Cristo é esse árbitro, esse juiz.

Durante a vida, muitas decisões precisam ser tomadas, sobretudo quando se é jovem. Desde o amanhecer até o anoitecer, várias dúvidas vão surgindo. Muitos jovens perguntam: Que roupa devo vestir? Que tipo de amigos posso ter? Como devo me comportar na escola, na faculdade, no trabalho? Se já não me sinto criança, por que não posso me relacionar com o sexo oposto? Devo sempre dizer a meus pais aonde vou e perguntar a que horas devo voltar? Posso dormir na casa de meus amigos? Se todas as perguntas que afligem o jovem fossem listadas aqui, encheríamos centenas de páginas, porque são infindáveis.

O grande problema do jovem é achar que basta usar raciocínio lógico, senso comum e coerência para obter respostas às questões que o perturbam. Que engano! O jovem precisa saber que, além do certo e do errado, há a paz. A paz é o sentimento gerado todas as vezes que você dá atenção ao caminho que o Árbitro interior aponta para sua vida. A paz é o sentimento de frescor, de vida, de alegria que você desfruta quando respeita a resposta que o Juiz arbitra em seu espírito. A paz de Cristo é Ele mesmo se manifestando dentro de você.

Jovem, quando você deparar com alguma questão que precise de solução, observe três coisas: 1) não procure resposta na lógica; 2) não tome as experiências passadas como auxílio e 3) não consulte terceiros. Em vez de basear sua decisão em algum desses pilares humanos, volte-se para o Senhor e pergunte: Senhor, o que devo fazer agora?. Se você fizesse essa pergunta na dispensação antes da era da graça, talvez ouvisse trovões e uma alta voz do céu. Mas, como estamos no Novo Testamento, você ouvirá uma doce voz dentro de você mesclada a um sentimento de paz. Essa doce voz unida à paz é a resposta divina para suas questões (1 João 2:27).

Jovem, você percebe que há um árbitro em seu interior? Nesta porção da Palavra vemos claramente que a paz de Cristo é o árbitro dentro de nós e ela deve resolver todas as nossas disputas interiores.

E o Deus da paz seja com todos vós. Amém (Romanos 15:33).

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